domingo, 17 de março de 2013

Estou com vontade de virar membro da diretoria da ABU de minha cidade, e agora?


Parabéns! Que ótimo que Deus tem colocado essa vontade em seu coração. Em regra, ela pode vir de duas formas diferentes:
1- Minha cidade tem uma diretoria de ABU há alguns anos, sendo que eu almejo alcançar um cargo nela.
Poxa, isso é bacana! Quando queremos participar de uma diretoria já montada, devemos ver qual o processo de entrada nessa diretoria, que, na grande maioria das vezes, é um processo de eleição.
Para fazer parte de uma diretoria, devemos ter certa experiência cristã (não necessariamente ser teólogo!), ter comunhão com uma igreja evangélica local (a ABU não é igreja!), ter uma experiência pessoal no Movimento (na boa, mesmo que a pessoa seja super gente boa, bonita, talentosa, não faça que ela caia de paraquedas no meio de uma diretoria, seria injusto com ela e com a demais pessoas do movimento). Claro, os membros de uma diretoria da cidade devem ainda evidenciar em suas vidas o fruto do Espírito Santo (segundo Gálatas 5:22-23) e se identificar perfeitamente com os objetivos da ABUB, bem como suas BASES DE FÉ, que são:
“a) A existência de um só Deus, Pai, Filho e Espírito Santo, Um em essência e Trino em pessoa; b) A soberania de Deus na Criação, Revelação, Redenção e Juízo Final; c) A inspiração divina, veracidade e integridade da Bíblia, tal como revelada originalmente, e sua suprema autoridade em matéria de fé e conduta; d) A pecaminosidade universal e culpabilidade de todos os homens, desde a queda de Adão, pondo-nos sob a ira e condenação de Deus; e) A redenção da culpa, pena, domínio e corrupção do pecado, somente por meio da morte expiatória do Senhor Jesus Cristo, o Filho encarnado de Deus, nosso representante e substituto; f) A ressurreição corporal do Senhor Jesus Cristo e sua ascensão à direita de Deus Pai; g) A missão pessoal do Espírito Santo no arrependimento, na regeneração e na santificação dos cristãos; h) A justificação do pecador somente pela graça de Deus, por meio da fé em Jesus Cristo; i) A intercessão de Jesus Cristo, como único mediador entre Deus e os homens; j) A única Igreja, Santa e Universal, que é o Corpo de Cristo, à qual todos os cristãos verdadeiros pertencem e que na terra se manifesta nas congregações locais; k) A certeza da segunda vinda do Senhor Jesus Cristo em corpo glorificado e a consumação do Seu reino naquela manifestação; l) A ressurreição dos mortos, a vida eterna dos salvos e a condenação eterna dos injustos.”

2- Minha cidade não tem uma diretoria de ABU, portanto, planejo abrir uma.
Poxa, isso é mais bacana ainda! Todavia, mais burocrático.
De acordo com o Estatuto da ABUB, para serem arroladas na ABUB, as ABU, ABS e ABP deverão pedir o seu ingresso, declarando que conhecem e aceitam as BASES DE FÉ e o Estatuto da ABUB (nunca achei o Estatuto no site da ABUB, mas eu tenho ele no meu arquivo, se quiser é só pedir).
A ABUB, em sua Assembleia do Congresso, é competente para deferir ou indeferir pedidos de arrolamento. Somente serão recebidas para arrolamento as ABU, ABS e ABP que estiverem regularmente em funcionamento por um período mínimo de seis meses e que tenham um estatuto próprio (a ABUB disponibiliza um modelo de estatuto, então é só mudar o nome e preencher os tracinhos, ou seja, level Banana de Pijamas: http://www.abub.org.br/recursos/2010/03/modelo-de-estatuto-de-grupo-local).
Assim, aceito, você terá criado sua própria ABU! Mas, há ainda uma regra no estatuto que impede a criatividade gospel de se aflorar: não podemos chamar nossa ABU de ABU PUC para Cristo; ou ABU da UFMG do sétimo dia; ou ABU do cuspe santo de Jesus... Nada disso! De acordo com o estatuto da ABUB, sua ABU passara a chamar: ABU nome da cidade, como ABU-BH; ABU Ouro Preto; ABU Anápolis. Excepcionalmente a associada poderá adotar outro nome diferente, porém, para esses casos deverão ser apresentadas as justificativas para a aprovação ou não do Conselho Diretor da ABUB... ou seja, dá mais trabalho ainda.

Enfim, seja pela primeira opção (participar de uma ABU já feita) ou pela segunda (criar uma ABU em nossas cidade), você esta de parabéns! Mas, lembre-se, participar de uma diretoria exige, primordialmente, fidelidade! Não há nada mais vergonhoso que um membro da diretoria que não vai a nenhum núcleo e não vai a GBs. Claro, sempre há desculpa para faltar em encontros, todavia, a maioria das pessoas exagera. Alguns não vão por monografia, não vão por que estão em véspera de prova, não vão por que é aniversário do amigo, não vão porque a semana foi cansativa... acredito que é uma questão, na maioria das vezes, de prioridade: se você não pode tirar 2 horas quinzenalmente para ir a um GB, ou para ir a uma reunião de diretoria, acho que está na hora de rever se esse realmente é seu ministério.
Eu já fui membro da diretoria e líder de núcleo. Não sou um exemplo, mas sei como cansa ir em todos os GBs e reuniões de diretoria. Mesmo assim, só faltei em duas reuniões durante todo o ano que fui presidente da ABU-BH: faltei por que estava muito triste por ter perdido uma pessoa querida na semana dessas reuniões. Na outra, já estava lá de novo, mesmo trabalhando muito (eu era monitor da UFMG em duas matérias diferentes, fazia estagio e tava fazendo monografia), nunca mais me vi diante de um bom motivo para faltar em um GB.
Eu não sei por que as pessoas cansam tanto de uma obrigação tão pequena como ir ao GB. Tenho pra mim que alguns líderes das ABUs da cidade acabam fazendo coisas de mais. É bem verdade que sua boa vontade contagia a todos, mas também é verdade que raramente eles conseguem fazer tudo que se propuseram a fazer em longo prazo... ocorre a famosa fadiga ABUística, bem comum, principalmente que tratamos de um movimento de Estudante alcançando Estudante, não de missionários de tempo integral ou pastores alcançando estudante. Muitos estudantes empolgados passam por um ciclo comum: o primeiro semestre na liderança da ABU de sua cidade é movido com pura empolgação, mas muita reprovação na faculdade; um segundo semestre de afastamento do movimento para cuidar de sua vida profissional que ele tinha escambado; por fim, um ano sem nem ver o que é ABU.
Há, também, muitas pessoas que são talentosas e supervalorizam isso em demasia. De certo, são esses os membros que mais dão trabalho em nossas ABUs. Enquanto o primeiro grupo tente a se cansar, estes, normalmente, tendem a se valorizar, se colocando em todos os pontos chaves do movimento. É a famosa síndrome, que eu acabei de inventar, do “sem eu, nada anda”. Além de serem personalistas, eles tendem a supervalorizar seus dons, em detrimentos de seu caráter. Nossos dons não podem tornar maior do que nos mesmos e do que nossa vontade de crescer, nunca! Assim, esses membros tentem a parar de ir aos núcleos e aos GBs por duas coisas: 1- eles não vão quando não são figuras cruciais no GBs ou em qualquer reunião, ou seja, só vão se são chamados a falar, se vão discutir algo que ele incluiu na pauta, ou se ele tem oportunidade de mostrar seu talento; 2- eles param de ir quando começam os conflitos em torno deles, pois a supervalorização de seus dons impediram que moldassem seu caráter.
Talvez você não tenha entendido o que eu disse, o que é normal, afinal, nem minha noiva me entende de vez em quando. Acho que uma boa história poderia abrir nossa mente para isso... infelizmente, para o blog, essa história não aconteceu na ABU, então não deveria nem contá-la, mas irei mesmo assim: conheci um pastor muito engraçado e carismático, certa vez. O problema é que ele tinha pouco conhecimento: era afilhado do pastor superior de uma igreja, mas não tinha curso de teologia, nem estudava muito, ou seja, parecia que ele tinha estacionado e estava satisfeito com tudo. Talvez até acreditasse mais no poder transformador de suas palavras em vez do poder dos evangelhos – bom, pelo menos a bíblia tinha virado um mero pano de fundo da pregação, era constantemente extrapolada em piadas e frases belas, mas puramente de autoajuda (à lá Rock Balboa).
A igreja cresceu nos primeiros meses e o culto se encheu... todavia, ele se apoiou no carisma e se afogou na falta de conhecimento e uma teologia rasa: o evangelismo é essencial, mas a Igreja pedia aprofundamento na fé. Em resumo, após muitas brigas ele foi substituído, claro, não antes de acusar o “demônio” por estar levantando pastores mais velhos para trazer inimizade à mocidade. De repente, o carismático pastor foi embora, sem nem se despedir da mocidade q ele tanto “amava”...
Um bom diretor da cidade, seja o cargo que for, não é aquele com gás total, nem aquele que se acha supertalentoso, pois ambos tendem a abandonar o trabalho da ABU a longo prazo. Um bom ABUense é aquele que tem consciência dos seus dons, daquilo que Deus lhe deu de singular e busca a todo tempo desenvolvê-los, mas também tem consciência da sua essência depravada e pecaminosa. Ele busca, acima de tudo, ser fiel a Cristo, aos outros e ao Movimento. 

quarta-feira, 6 de março de 2013

Os núcleos estão se matando, e agora?


Talvez você goste de xadrez, talvez não. Isso, em regra, não é relevante para a salvação, mas pode ser útil para esse post. Imagine que um bispo domina uma longa diagonal (a1-h8), oferecendo risco a linhas de peões adversários. O jogador adversário, assustado com a jogada, avança um peão, tentando proteger sua linha e seu roque (p. f6). Percebendo que a troca possibilitará um avanço crucial da rainha, o bispo se entrega, forçando a troca com o peão g7. Todavia, a rainha não avança - com medo, preguiça ou descaso - ela perde o tempo crucial do ataque, mandando o cavalo em seu lugar.
Bem, isso às vezes acontece na ABU. Às vezes seu núcleo se entrega por algo, se sacrifica para que alguma coisa aconteça, mas os demais núcleos da mesma cidade não reagem da forma que vocês esperavam. Muitas vezes nos esforçamos para fazer um evento bacana (como treinamento, palestra, noite do pijama), todavia, já na fase de preparação, algumas pessoas começam a reclamar dos preletores, do dia, do local... então, após vários esforços para manter seus objetivos, vocês percebem que os demais núcleos não se entregaram ao evento e, além de cansados, vocês se sentem abandonados.
Para resolver o problema da falta de sinergia entre os núcleos, uma vez que a ABU é um movimento feito pela junção de grupos, é importantíssimo estabelecermos o GB (Grupo Base). Trata-se de uma reunião administrativa que une os diversos núcleos de ABU de uma cidade, acontecendo em datas predefinidas (quinzenalmente ou mensalmente), podendo ter, inclusive, cargos determinados, que destoem dos cargos dos núcleos (o que chamamos de diretoria da cidade: presidência, tesouraria, oração). O GB é a garantia que todas as peças estejam pensando em equipe, em prol de objetivos em comum.
Há cidades que possuem apenas um núcleo, portanto, o GB será uma reprodução desse núcleo. Entretanto, nesses casos, nada impede que definamos que o líder do núcleo seja diferente do presidente do Grupo Base, nem que haja outros cargos que não são comuns há um núcleo de estudos da faculdade (por exemplo, tesoureiro, secretario de treinamento – no próximo post tratarei um pouco desses cargos).
Mesmo que o núcleo se confunda com o GB, é fundamental termos reuniões de GB separadas, a fim de evitar que se leve questões administrativas para nossos núcleos. Debates administrativos nunca são agradáveis, pois, geralmente, não se chega a um consenso. Em regra, são apenas debates em que vários integrantes tentam impor seu estilo ou forma de pensar, o que pode ser desagradável para os visitantes e pode gerar divisões na frente dos menos envolvidos (essas coisas normalmente geram brigas, não comuns em núcleos de estudo).
Se há mais de um núcleo na cidade, o ideal é que o GB tenha uma diretoria própria, envolvendo várias pessoas de grupos diferentes. Por exemplo, há reuniões em 3 faculdades particulares e em 1 pública, tente, então, ter representantes das quatro faculdades. Isso é fundamental para o grupo saber que não está andando sozinho. Claro, isso não é algo obrigatório, nem é, muito menos, uma forma de controlar os núcleos. Mas, se podemos dar ouvido a todos eles, por que devemos nos fechar numa panelinha? Devemos considerar também que um núcleo, em regra, é só um núcleo, sendo seu caminhar solitário e, por vezes, triste. Quando passamos dificuldades, na líderança de um núcleo, sem o apoio de toda ABU, somos apenas 1 pessoa passando dificuldade, mas, se tivermos noção de grupo, toda ABU sofrerá conosco e nos ajudará a superar essas dificuldades.
O GB tem, dessa forma, um fim administrativo, fazendo com que decidamos questões procedimentais que envolvam o movimento de dada cidade. Com esse intuito, podemos perceber que cabe ao GB:
1- Estabelecer os objetivos do grupo de uma cidade (que tal fazermos uma semana de palestras em nossas faculdades? Que tal integrarmos melhor as faculdades públicas e particulares? Que tal fazer uma sorvetada para receber os calouros? Que tal chamarmos uma banda para fazer um lual?);
2- Definir metas para alcançar nossos objetivos (como podemos montar uma sorvetada pros calouros? Que dia será? Quem pode comprar os sorvetes? Quem pode arrumar o lugar? Quem cuidará da divulgação? Quem pode conseguir ofertas para deixar mais barato para calouros? Como faremos cada uma dessas etapas?);
3- Interligar diferentes núcleos de uma mesma cidade. Para isso, é crucial que se dê abertura aos núcleos durante a reunião de GB, sempre perguntando: como vai o núcleo de Grayskull? Como tem sido as reuniões? Como tem sido a participação de outros integrantes do grupo? Quais os problemas têm enfrentado? Como os demais grupos podem ajudar? O que planejaram para esse semestre? Após essas perguntas, bom seria que os núcleos orassem um pelo outro durante a reunião;
4- Interligar diferentes núcleos com a ABU regional e ABUB. Muitos núcleos perdem a noção do tamanho da ABU. Muitos líderes nem se quer sabem o que é a ABU. Acham que ABU é uma associação que financia cartazes, por isso devem escrever ABU nos cartazes de seus clubinhos. Então, o GB é um bom momento de integrar esses núcleos, fazendo repasses da região, da nova diretoria nacional, de encontros, de cursos de férias, da ABU Editora;
5- Buscar um retorno positivo ou negativo de toda ABU, da atuação da diretoria daquela cidade e se os objetivos buscados pelo grupo como um todo tem sido alcançados (Como foi o ciclo de palestras? Onde erramos? Onde acertamos? Como podemos melhorar da próxima vez?);
6- Treinar os núcleos. Se sua ABU da cidade tem tido dificuldades de entender o movimento, leve um palestrante que explique como funciona a ABU; se vários membros têm reclamado de exaustão, leve um palestrante que fale sobre como organizar o tempo; se alguns têm medo do futuro, leve alguém que fale sobre provisões divinas. Escute a ABU e veja o que precisa ser falada pra ela, sem dar indiretas (em breve, aqui, no “... e agora, ABU?”);
7- Buscar confraternização dentro da ABU: todas as peças devem estar jogando juntas, sendo guiadas pelas mãos de só um jogador, que é Cristo. Nisso, não há espaço para o jogo individual, marcado pela autoconsideração. Há lugar apenas para o jogo de humildes subalternos do jogador maior. Devem, portanto, as reuniões buscar a confraternização para que as peças comecem a pensar juntas, sendo guiadas pelo jogador maior.
Confraternização é fundamental. A vida nos mostra isso. Quando namoramos, por exemplo, tentemos a ser bem mentirosos no início. Nossas namoradas nos chamam para ver balé, bem no dia que passará UFC, mas fingimos que está tudo ótimo, mesmo que, no fundo, estejamos desesperados para voltar para casa e ver as últimas lutas. Com o passar do tempo, a namorada passa a respeitar nossos dias de UFC e passamos a gostar dos dias de balés. Por fim, quando muitos anos se passam, a sinergia do casal torna-se tão intensa que difícil é definir onde um começa e um termina: ambos passam a pensar igual a tal ponto que é difícil imaginar um sem que se imagine o outro.
O grupo é um pouco assim, no começo as rusgas e as farpas voam loucamente. Com o tempo, as amizades se afloram e um calor nos une. Mesmo que não concordemos com algo, passamos a aceitar que aquela pessoa pense daquele jeito (minha namorada nunca vai gostar de UFC, mas ela aprendeu a respeitar meu desejo por violência gratuita e pelo desrespeito à integridade física dos lutadores – em contrapartida nunca vou entender que graça tem ver homens dançando de colã, mas continuo indo praquela confusão). Por isso é crucial não apenas montar reuniões administrativas, mas reuniões para bater papo, ver partidas de futebol, ir a teatros, brincar com jogos (com exceção daquele jogo do copo, que perguntamos aos espíritos quem vai casar com quem... aquele jogo é pecado).
Claro, a confraternização não basta. Normalmente achamos que nossa simpatia, nossa vontade e nossa alegria serão suficientes para estabelecer relações verdadeiras, como se fossemos tão magnéticos que seríamos capazes de atrair as pessoas de tal forma que elas se tornassem nossos amigos... você pode ser gente boa, mas não é assim que funciona. Quando lemos Ef. 2:11-22 percebemos que éramos alienados não só em relação a Deus, mas aos outros também (v. 11 e 12). Todavia, percebemos que Jesus Cristo trouxe-nos a paz, reaproximando-nos (v. 13 a 18), criando uma nova sociedade marcada por concidadãos.
Esse texto torna bem claro a importância de Jesus Cristo, não apenas reconciliando-nos com Deus, mas com o próximo. Não devemos ser peças solitárias em um xadrez, mas percebermos que o próprio Deus deve estar nos regendo, outorgando-nos privilégios e as responsabilidades que seu domínio subentende. Esteja, portanto, ligados diretamente não apenas um com o outro, mas com a vontade de Deus, estudando a bíblia, bons autores, tendo tempo de oração em conjunto e de leitura de salmos. “E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações”Atos 2:42.
Apenas criando uma interação forte entre diversos grupos de ABU, sua cidade irá progredir. Por isso o GB é fundamental. Se um núcleo, sozinho, pode sonhar com muitas coisas, vários núcleos podem sonhar mais, lutar mais, realizar mais e se sacrificar mais, pelo bem da próxima jogada, orientada por Deus. Esteja atento para os demais núcleos...
No próximo post vou falar sobre cargos na diretoria da região.
Alguma sugestão?

sábado, 2 de março de 2013

Cara, estou precisando reconciliar a ciência e a cultura atual, me preparando com excelência para transformar o mundo... e agora?


(N. do D. do B. 1)
Que impacto a igreja brasileira tem trazido para a sociedade hoje? Também é papel do cristão contribuir para o progresso da sociedade. John Piper apresenta uma interessante reflexão em seu livro “Pense”. Ele conta que o evangelista Billy Sunday certa vez falou a muitos cristãos: “Se eu tivesse um milhão de dólares, daria US$ 999.999,00 para a igreja e US$ 1,00 para a educação”. Piper diz que, caso a igreja fosse responsável pela educação, essa não seria uma má idéia. Entretanto, infelizmente o caso não era esse. Precisamos refletir como tem sido a presença cristã, quando ela de fato se faz presente, na sociedade. A universidade é considerada como a fonte dos futuros formadores de opinião. Assim, a atuação e a formação dos universitários cristãos nesse meio se tornam imprescindível.
Em tempos de reforma e avivamento, o cristianismo teve um impacto enorme na cultura. As maiores universidades do mundo foram criadas pelo impacto da Reforma Protestante do século XV (N. do D. do B. 2). Historicamente, através de figuras como Martin Luther King e William Wilberforce, o cristianismo também contribuiu para os direitos civis e o fim da escravidão. Outro exemplo de cristão engajado na transformação de sua sociedade é Abraham Kuyper, que chegou a ser primeiro-ministro na Holanda e lutou incansavelmente por uma inserção cristã em todas as esferas da sociedade holandesa.
A maneira como exercemos e encaramos nosso chamado para a missão irá determinar a transformação da cultura. Nosso trabalho serve como adorno para o anúncio do evangelho. Ele faz parte da missão na qual todos nós estamos envolvidos. E esse é um importante fato de que precisamos ter consciência. Todo cristão é um missionário. Há alguns séculos atrás, Lutero já lutava contra esse entendimento equivocado da missão cristã:
“Realmente não há diferença entre leigos e padres, príncipes e bispos, “espirituais” e “temporais”, como são chamados, exceto o de cargo e trabalho (...). Um sapateiro, um ferreiro, um lavrador, cada um tem o trabalho e a posição de seu negócio, e contudo são todos igualmente consagrados padres e bispos, e todos por meio de seu próprio trabalho ou posição devem beneficiar e servir todos os demais, para que dessa maneira possam fazer muitos tipos de trabalho para o bem-estar físico e espiritual da comunidade, assim como todos os membros do corpo servem um ao outro.”
Como universitários, precisamos refletir: de que maneira nós podemos glorificar a Deus e beneficiar a nossa comunidade através do nosso chamado?  John Piper afirma que Deus não nos chama para sairmos do mundo. Ele não destrói a sociedade e a cultura. Por meio de seus santos ele espalha uma paixão pela supremacia dEle em todas as coisas para a alegria de todos os povos. Nossos estudos e nosso trabalho devem mostrar ao mundo qual é o nosso tesouro. O que temos mostrado ao mundo? Nossos anseios tem sido os mesmos do mundo? Para que estudamos e trabalhamos?  (N. do D. do B. 3)
Anunciando as boas-novas (Jo. 17: 15-16).
Por fim, de nada adiantará o adorno se o conteúdo do evangelho não for proclamado:
Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo seu muito amor com que nos amou, estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos), e nos ressuscitou juntamente com ele e nos fez assentar nos lugares celestiais, em Cristo Jesus; para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus. Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas.  Efésios 2: 4-10

N. do D. do B. 1(Nota do dono do Blog): claro que não fui eu que escrevi essa obra prima. O texto foi feito por PEDRO DINIZ, antigo presidente da ABU-BH, que insiste em ser muito melhor do que eu em tudo que faz...
N. do D. do B. 2: Incrível que, no meio universitário, onde impera a pluridisciplinariedade, o domínio e o cultivo do saber humano em sua forma mais universal, tudo pode ser discutido e deve ser respeitado, menos o campo religioso. Um desrespeito a seu fim inicial! Com exceções de alguns professores, grande parte dos acadêmicos declara que nada há no “mundo superior” ou, se há, não deve influenciar no “mundo inferior”.
N. do D. do B. 3: Em um tempo em que o egoísmo alcançou até a área gospel, responder que nossos anseios são distintos ao mundo é um ato de muita coragem e, por que não, mentiroso, para maioria dos cristãos. Já orei muito para deus me usar, mudar meu caráter, me fazer compreender sua palavra e a forma como ele ordena minha vida... todavia, as orações mais fortes, movidas por suor e lagrimas, sempre foram: “Deus, que seja feita do meu jeito, não do teu... me dá, Deus, um Camaro Amarelo”. Substitua Camaro Amarelo pelo que te move, sobrepondo a seu deus, como: emprego, estágio, mulheres, namorada, reconhecimento, popularidade, santidade reconhecida, ministério grandioso... Como certa vez disse o Homer Simpsons para sua filha: “Levante-se, Lisa, temos que ir para a Igreja obrigar Deus a trabalhar para gente”.